Data dos anos 1920, ou seja, está completando um século que as primeiras lojas começaram a oferecer cartas de crédito para que seus clientes realizassem compras a prazo. O cartão de crédito de fato, porém, surgiu de maneira oficial apenas nos anos 1950.

Certa vez, nos Estados Unidos, o empresário americano Frank McNamara visitou um restaurante junto de seus sócios, mas, na hora de pagar a conta, percebeu que não tinha dinheiro.

Para resolver o problema combinou com o dono do estabelecimento que ele registraria a dívida em um cartão e pagaria o valor pendente no dia seguinte. Essa primeira forma de crédito gerou o cartão Diners Club Card em 1950.

Seis anos depois o cartão de crédito chegou ao Brasil e facilitou a vida de milhões de brasileiros. Mas também complicou a de alguns mais desavisados, distraídos ou mesmo imprudentes.

Para que o sonho do cartão não se transforme em um pesadelo de juros sobre juros – a famosa e temida “bola de neve”, listamos abaixo alguns cuidados a serem tomados. Confira!

CUIDADO COM AS SUAS INFORMAÇÕES

O vazamento de dados é a maior causa de fraudes e prejuízos incalculáveis aos proprietários de cartões de crédito. Por isso, esteja sempre atento às informações solicitadas pelos bancos ou operadores e SE NEGUE a fornecê-las caso desconfie.

Normalmente a senha inicial do cartão de crédito é escolhida aleatoriamente pela bandeira. Trate de memorizá-la e DE FORMA ALGUMA repita esse código para o acesso a outros serviços — como e-mail. É imprescindível também que você solicite a alteração desses números à operadora. O trabalho de decorar novas senhas periodicamente é BEM MENOR que o de ter que reverter e estornar compras indevidas, tirar seu nome dos serviços de proteção ao crédito, etc.

Tenha muito cuidado também com o número do cartão, a validade e os três dígitos de segurança. Lembre-se: essas informações só devem ser fornecidas para lojistas confiáveis, estejam eles no mercado tradicional ou no on-line.

PLANEJE SUAS COMPRAS

Especialistas indicam que o limite do seu cartão JAMAIS seja maior do que 50% da sua renda. Não seguir esse conselho à risca é sinônimo de, a médio  – ou a até mesmo a curto – prazo, se enrolar com o pagamento das faturas.

Ainda que você siga à risca a “regra dos 50%”, outros cuidados são necessários. Vamos a eles:

– Evite fazer compras recorrentes (supermercado, por exemplo) usando o cartão. Nada de pagar contas de luz ou água com ele também, ok? Às vezes é necessário, sabemos. Mas, novamente, evite!

– Faça a si mesmo a pergunta: Posso pagar à vista? Se a resposta for sim, pague. Use o cartão somente para compras que, de fato, PRECISAM ser parceladas.

NÃO PAGUE O MÍNIMO OU O PARCELE A FATURA

Essa é uma casca de banana que causa um tombo muitas vezes irrecuperável em quem escorrega nela. Poucas coisas prejudicam tanto a vida do consumidor quanto o tal “pagamento mínimo ou parcelamento”. Os juros que se paga com essas opções são, sem exageros, indecentes.

Em casos extremos, considere obter outra linha de crédito (empréstimos, por exemplo) com encargos menores para quitar toda a conta do cartão. Dá trabalho, mas vale a pena.

RENEGOCIAR ADIANTA

Os bancos e demais instituições financeiras enxergam com ótimos olhos o cliente que, ao ficar devendo, toma a iniciativa de procura-los para renegociação. Normalmente, quando um cliente torna-se inadimplente, o banco praticamente vê o dinheiro como “perdido”. Por isso, oferece formas de receber algum valor, mesmo que com menos juros e de forma mais parcelada que o previsto inicialmente em contrato.

Faça as contas em casa, veja quanto, de fato, pode dispor para  honrar o compromisso assumido e barganhe o quanto puder!

PRA QUE TANTO CARTÃO?!?

Cartão do mercado, cartão do banco, cartão da carteira digital, do posto de gasolina, da loja de roupa, cartão, cartão, cartão…PRA QUE???

Quanto mais cartões, mais faturas, mais compras, mais riscos delas saírem do controle, daquele amigo pedir uma forcinha …

Não caia nessa armadilha. Tenha o mínimo de cartões possível. De preferência um só e não esqueça da regra dos 50%! Dinheiro de plástico não é dinheiro, é dívida. Adote esse mantra e tenha uma vida financeira tranquila!

 

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