O ar-condicionado é um item indispensável para muitos motoristas, principalmente no verão. Porém, o seu uso é cercado de muitos mitos. Confira uma listagem básica de mitos e verdades sobre o uso do ar-condicionado veicular e alguns cuidados para manter o acessório em pleno funcionamento.

Mitos

  1. Ligar o ar-condicionado gasta o gás do sistema? Não, não se preocupe. Isso é uma das maiores bobagens sobre manutenção automotiva. Inclusive, o gás não precisa ser completado ou reposto se tudo estiver em dia. Ele só vazará em caso de defeito;
  2. O gás do ar também não vicia nem fica velho? Não, pode ficar despreocupado. Se tudo estiver correto, o gásdo ar pode durar toda a vida útil do carro;
  3. Em carros com ar automático (aquele digital que você regula a temperatura) a velocidade do ar não interfere na temperatura interna. Ou seja, se você deixou em 23 graus, o ambiente interno ficará em 23 graus na velocidade número 2 ou 3 do ventilador. A velocidade maior só fará com que o ambiente interno chegue à temperatura indicada mais rapidamente. Depois, ele manterá a mesma;
  4. Na cidade, o carro gasta em média de 10% a 20% mais com o ar ligado do que se estivesse desligado. Não acredite nas histórias  que o consumo cai pela metade.

Verdade

  •  Ligar o ar-condicionado provoca maior gasto de combustível nas cidades. Porém, na estrada, andar com os vidros abertos a mais de 80 km/h interfere na aerodinâmica do carro. Isso vai fazer que gaste mais com os vidros abertos do que se estivesse com o ar ligado porque a entrada lateral de vento vai interferir no rendimento. Então, vale a pena ligar o ar na estrada.
  • É recomendado ligar o ar-condicionado do carro pelo menos uma vez por semana para circular o gás e o óleo. Faça isso por 10 minutos para garantir a lubrificação do sistema e evitar ressecamento das peças.
  • Quando o carro está há muito tempo parado sob o sol forte é bom abrir os vidros para circular o ar novo antes de fechar tudo e ligar o ar condicionado. Caso contrário, a troca térmica vai demorar mais tempo dentro do carro.
  •  É indicado desligar o ar-condicionado quando estiver chegando ao destino e deixar somente a ventilação. Isso elimina a umidade na tubulação e evita a proliferação de fungos.
  •  Carros que não saíram com ar de fábrica podem também ter esse conforto. Porém, é preciso usar exatamente o mesmo sistema das montadoras, preferencialmente levá-lo a uma concessionária. O investimento não é muito barato, mas compensa pelo conforto oferecido.
  • Se o pára-brisas embaça ou os tapetes parecem úmidos, pode significar que o tubo de recolha de condensados está bloqueado.

A manutenção do ar-condicionado é facilmente esquecida, pois geralmente não afeta aspectos técnicos do veículo. No entanto, negligencia essa manutenção pode levar a problemas ainda mais caros no futuro. É uma boa prática fazer uma manutenção do sistema a cada dois anos ou antes de uma temporada quente. Isso irá garantir que você não seja pego de surpresa por uma onda de calor súbito no início da temporada de sol e calor.

Os itens que precisam ser verificados para interpretar funções operacionais e diagnóstico de um ar-condicionado incluem:

  • Verificações de pressão estática e operacional;
  • Medição de temperatura;
  • Inspecionar visualmente o compressor de ar condicionado e a correia de transmissão (correia de acessórios) para rachaduras ou danos;
  • Verificar o funcionamento do compressor de ar condicionado e outros componentes de ar condicionado, como o condensador, canos e mangueiras;
  • Inspecionar visualmente os componentes acessíveis para vazamentos ou danos com um detector de vazamento eletrônico;
  • Aspirador para testar o sistema;
  • Limpeza das aletas do condensador;
  • Verificar se há mau cheiro no veículo, cheiro de mofo;
  • Preencher o refrigerante e lubrificante do sistema.

Fonte: Carro de Garagem e Auto Esporte

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