Comprar um carro usado em feiras livres, leilões ou diretamente com o proprietário, muitas vezes, permitem ótimos negócios. Porém, aumenta o risco de deparar com um carro roubado. É preciso ter cuidado na hora de negociar e ficar atento aos detalhes.

Cerca de 40% dos veículos roubados ou furtados no Brasil não são recuperados e acabam em desmanches ou têm seus documentos fraudados. Muitos são vendidos no mercado de usados aqui ou em países vizinhos.

A adulteração pode até não ser identificada na hora da transferência do automóvel para o nome do novo proprietário, porém dificilmente ela passará despercebida no momento de uma vistoria no Detran ou em blitz policiais. Caso uma das duas hipóteses aconteça, o carro será devolvido ao devido proprietário, deixando o comprador com o prejuízo e a dor de cabeça de poder ser chamado a depor como portador de mercadoria roubada.

Existem formas rápidas de se checar a placa e o registro de um carro, como aplicativos e os sites do Detran de cada estado. Mesmo assim, não dispense as dicas que vamos colocar a seguir:

Verificar a autenticidade do documento:

Para ter certeza de que o CRLV é original, vale fazer um teste parecido com o das notas de dinheiro. Preste atenção se as inscrições “República Federativa do Brasil”, “Contran”, “Denatran” e “Ministério da Justiça” estão em alto relevo sensível ao tato. Verifique se há pequenos traços coloridos (chamados de filigranas) em toda a superfície do papel.

Na dúvida, confronte com um documento que você tem certeza de que é original. Vale ainda esfregar o papel em uma folha em branco e verificar se ele deixa marcas verdes.

Marcação nos vidros:

Muito importante que o comprador cheque a numeração do chassi gravada nos vidros. Para isso, é preciso ver se há sinais de adulteração ou se o número confere com o do documento. Se não houver nada gravado em algum deles, pode ser apenas um indício de que o carro foi batido e o vidro foi trocado.

Como os números às vezes são impressos em caracteres com formato quadrado, é possível transformar o “0” ou o “9” em um “8”, por exemplo. Procure por marcas de polimento no local de gravação ou diferenças na textura na superfície do vidro.

Outra forma de adulteração comum é lixar os vidros para obter uma nova numeração. Nos dois casos, é possível identificar a fraude colocando uma folha branca por dentro do vidro. Se houver algo errado, você perceberá que a sombra do número original vai aparecer sobre o papel.

Placa

Em toda placa há um discreto código gravado no metal, um junto do número principal e outro ao lado da tarjeta da cidade de origem. Só para vê-los de perto. Nesse código, as duas letras do meio identificam o estado e as últimas são do ano de fabricação da placa ou da tarjeta. Veja se elas coincidem entre si e se fazem sentido com os dados do carro.

Cheque se a furação do lacre na placa está alinhada e sem rebarbas ou marcas de lixas. A furação deve ter o padrão “cabeça de Mickey” (dois furos acima e o rebite abaixo, entre eles). Os dois furos têm de ser perfeitamente circulares e não pode parecer que tenham sido feitos com prego, parafuso ou furadeira. Veja também se o lacre e seu fio estão rompidos.

Fonte: Revista Auto Esporte

 

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