A Operação Lei Seca vai ganhar uma outra função. Com a chegada do drogômetro, além de medir a ingestão de bebidas alcoólicas ela também vai passar a detectar a ingestão de substâncias psicoativas.
Segundo fontes no Congresso Nacional, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Polícia Rodoviária Federal já estão há dois anos fazendo estudos para a extensão da fiscalização sobre cinco tipos de substâncias, como opiáceos e alucinógenos.
Cinco equipamentos, chamados de drogômetro, foram importados e estão sendo testados pelo Inmetro. Um deles já está sendo usado experimentalmente no Rio Grande do Sul.
Como funciona o drogômetro:
O objetivo do drogômetro é detectar drogas ilícitas e remédios que possam interferir na atenção do motorista. O drogômetro funciona como o bafômetro. Ao ser abordado, o condutor coloca o cotonete na boca para colher a amostra. O material, então, é colocado em contato com um reagente, em tira de papel, que indica a presença ou não da droga. Então, cada droga é testada em uma região do papel, indicando resultado positivo ou negativo para cada uma delas. O resultado da medição sai em apenas três minutos.
De acordo com a coordenadora responsável pela Lei Seca, delegada Verônica de Oliveira, baseado em dados do DPVAT, a operação Lei Seca mudou o comportamento dos motoristas e ajudou a reduzir em 53% o número de acidentes provocados por motoristas que tinham ingerido bebida alcoólica no Rio de Janeiro.
Segundo o superintendente da Lei Seca, Major Carlos Eduardo Falconi mais de 3,5 milhões de motoristas foram abordados nas operações. Então, só no estado do Rio de Janeiro foram 22 mil ações. Ao todo, mais de 500 mil veículos foram multados. Cerca 119 mil rebocados e mais de 220 mil carteiras de habilitação recolhidas por casos de alcoolemia.
Em 2019 o programa foi ampliado para 24 horas, 7 dias por semana. Atualmente, conta com a integração dos projetos Segurança Presente, Bomba Limpa e também com Operação Verão.
Fonte: Jornal O Maricá e Portal Giro