Quando se trata de combustível, o bolso do brasileiro não tem descanso. A Petrobras mudou a política de aumentos diários de combustíveis. Porém, nos 14 meses em que esse método foi utilizado, a estatal mudou o preço da gasolina em suas refinarias 245 vezes. Isso significa uma mudança em menos de dois dias. Das 245 mudanças, 137 foram altas e 108 foram reduções. No período, o litro da gasolina subiu 69,47% nas refinarias.

O último reajuste foi anunciado no início do mês de setembro. O aumento levou o preço da gasolina a um novo recorde. O litro subiu em 1,68%, para os atuais R$ 2,207 por litro. Em agosto de 2018, foram 11 aumentos e quatro modestas reduções.

Entenda o aumento no preço da gasolina

A política de mudança diária vigorava desde 3 de julho do ano passado. De lá para cá, o petróleo, que vinha em um tendência global de baixa, entrou numa trajetória resistente de alta. Então, a disparada do dólar a partir deste ano acentuou o encarecimento dos valores do barril em reais. Desde o começo de janeiro até agora, o preço do barril do petróleo tipo brent, uma das principais referências internacionais, já ficou cerca de 16% mais caro. Enquanto isso, o dólar subiu na casa dos 25% frente ao real.

Só no mês de agosto, o valor da gasolina já acumula alta superior a 7% e reflete tanto a firmeza das referências do petróleo no mercado internacional quanto a disparada do dólar.  São esses os parâmetros estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis. Esses parâmetros estão em vigor há pouco mais de um ano.

É importante destacar que o aumento no custo ocorre também após a interrupção por mais de uma semana, na Replan, a principal refinaria da Petrobras, localizada em Paulínia (SP). Essa unidade é responsável por 20% de todo o refino de petróleo no Brasil e ficou parada por três dias no início de setembro, quando a operação foi parcialmente retomada.

Fonte: Jornal da Cidade e Economia UOL

 

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