Todo motorista acha que sabe como agir quando o veículo apresenta algum problema e que “tira de letra” qualquer probleminha que o carro apresenta. Mas é importante ficar atento a pequenos erros que não são tão óbvios assim e podem transformar um pequeno prolema em um grande prejuízo na oficina. Vamos conferir alguns exemplos clássicos de problemas que os carros apresentam e as “soluções” menos adequadas adotadas pelos motoristas:

CARRO FERVEU? 

A primeira reação é abrir o capô, certo? Nada disso. Espere a saída do vapor pelas vias de exaustão do veículo. Caso contrário, você receberá uma grande quantidade de fumaça no rosto, com riscos para a saúde e pode causar até queimaduras.

De maneira nenhuma abra o reservatório que armazena o líquido de arrefecimento. Quando quente, ele se compara a uma panela de pressão, jorrando água fervente e provocando queimaduras caso seja aberto. Aguarde o resfriamento total do motor, complete o nível do reservatório com produto específico ou água e procure, imediatamente, um mecânico.

PEGAR NO TRANCO 

Acabou a bateria e muita gente acha que deve fazer um carro pegar no tranco para resolver o problema. Saiba que esse erro clássico pode gerar sobrecarga no circuito eletrônico e ainda há outros riscos: o catalisador pode ser danificado pela maior injeção de combustível, enquanto a correia dentada pode se romper com a exigência de um giro mais forte. O correto é chamar um mecânico ou um guincho para transportar o veículo para uma oficina.

RODAS TRAVADAS: SEM AMARRAS

Não estranhe se seu automóvel amanhecer com as rodas travadas: as lonas podem grudar nos tambores depois do uso do freio de mão. Não tente soltar a roda travada se arrastando pelo asfalto: isso pode danificar o conjunto.A melhor indicação é engatar, repetidas vezes, a primeira e a ré, até que seja feita a liberação da roda. Se não adiantar, chame um guincho.

BATERIA ARRIOU? EVITE A CHUPETA

Atire a primeira pedra quem nunca fez a famosa chupeta quando a bateria arriou. A situação é comum, principalmente em veículos que permanecem parados por muito tempo. Porém, cuidado: apesar de funcionar na grande maioria dos casos, forçar a bateria pode causar danos no sistema elétrico.

O primeiro risco está em usar um cabo emprestado por alguém que pode não ter a espessura certa e estar em más condições, com emendas. O segundo está no procedimento, como erro na posição dos polos, modo de operar os veículos ou amperagem das duas baterias.

O ideal seria fazer a carga com a bateria fora do veículo, apoiada por uma bateria auxiliar externa – os serviços de guincho das seguradoras costumam ter uma. Se o arriamento está se repetindo ou se a ligação direta não funcionar em duas ou três tentativas, é sinal de que não tem jeito: a bateria precisa ser trocada.

TROCA DE PNEU NÃO É TÃO SIMPLES

As setas em baixo-relevo na base lateral dos veículos não estão ali para decoração. Elas indicam o lugar correto para apoiar o macaco e realizar a troca dos pneus. Caso colocado em posição errada, o equipamento pode escorregar e amassar a lataria do carro.

QUEIMOU A LÂMPADA? 

Trocar as lâmpadas dos faróis exige mais precauções do que parece. Primeiro, cheque se as lâmpadas estão frias, para evitar queimaduras. Mais do que isso, um dos principais erros é tocar nas lâmpadas, mesmo que elas estejam frias. A oleosidade natural da pele pode causar rachaduras no vidro ao ser aquecido.

Na retirada, remova a lâmpada e a descarte rapidamente. Para colocar as novas, use luvas ou seja rápido. Caso contrário, terá de limpar o bulbo com álcool isopropílico de uso eletrônico para eliminar a oleosidade impregnada. Achou que era mais fácil, né?

O importante é ficar atento a esses pequenos erros e garantir que tudo corra bem com a manutenção do veículo.

Fonte: Quatro Rodas

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